24 de novembro de 2017

Re.co.me.çan.do


Das melhores decisões que eu tomei na vida, recomeçar do zero foi uma delas. Abandonar um curso, um lugar...amizades, foi arriscar demais sem ter a certeza de que iria valer a pena. Foi basicamente como fechar os olhos e pular de uma ponte, as chances de ter algo para amenizar a queda eram mínimas, e desse pulo, eu saí ilesa. É preciso agradecer por mais uma chance, é preciso mesmo fazer valer todos os dias desse recomeço. Cada passo, cada linha que escrevo, cada fotografia que guardo. 

De fato é estranho lembrar de um lugar que antes me parecia tão familiar e acabou se tornando apenas uma memória vaga, um asterisco perdido em algum ponto da minha história. A certeza de que era tudo provisório, como um quarto de hotel, sem muitas chances de se tornar moradia, e ainda bem que não se tornou. 

Os sorrisos que me acompanharam, continuam por lá, não sei se mais felizes ou sinceros, mas sei que continuam, talvez na mesma varanda de todas as manhãs, com as mesmas risadas e abraços. E daqui eu reaprendi a sorrir, a sonhar, a curar as feridas e virar não só a página, mas fechar o livro. 

Fechei e não pretendo abri-lo, não mais. De todas às vezes que o fiz, não houve sentimento de paz, de alegria, de realização, mas tudo contrário a isso. As páginas rasgadas já não me interessam, e não é que eu queira ignorar o meu passado, ele apenas não me representa mais. Dos erros que cometi, de todos os tropeços, das lágrimas e machucados, levo aprendizado para não fazer igual. 

Carrego cicatrizes, claro. Não posso apagá-las. Mas sigo em frente por saber que elas me fazem mais forte, me fazem melhor. Das mágoas causadas a mim, das mágoas que causei, me desculpo, perdoo-me. Não é preciso carregar peso se você verdadeiramente se arrependeu. É sobre você consigo mesmo e não sobre o que as pessoas acham sobre você. Afinal, é preciso entender que o pensamento delas não definem o que/quem somos.

namastê <3

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