15 de janeiro de 2018

É SOBRE SE AUTOCONHECER


No meio de tantas idas e vindas, descobri que preciso me conhecer um pouco mais, preciso mesmo sentar uma tarde apenas comigo mesma e conversar sobre tudo ou pelo menos grande parte das coisas que me aconteceram nesses últimos tempos, compreender o que posso fazer para não tropeçar nos mesmos erros e cuidar das feridas que ainda se encontram abertas. 

Passei muito tempo da minha vida esperando que alguém me salvasse de todos os meus medos e angústias, alguém que me fizesse companhia nas melhores horas do meu dia e também quando eu não suportasse mais nem um segundo a carga que levo da vida. Gastei grande parte do meu tempo, dos meus sorrisos, das minhas alegrias, procurando alguém que fosse capaz de me arrebatar da mesmice que vez em quando, senão sempre, me encontro. Como se outra pessoa que não eu, pudesse ter a responsabilidade de me fazer feliz, tratar e sarar minhas feridas. 

Acredito que não sou a única a enfrentar este problema, somos humanos e é possível acharmos muito mais fácil ter o outro cuidando de nós, segurando nossa mão dizendo que “vai ficar tudo bem”, nos fazendo companhia naquela sexta ou domingo à noite, do que sermos responsáveis por nós mesmos. Falo por experiência própria, gastei um ano ou mais tentando me curar com pessoas. Elas chegavam a minha vida, faziam com que eu me sentisse bem e então eu entregava meu coração a elas e dizia: é todo seu, por favor, me faça feliz. 

Eu só poderia estar ficando louca, é claro que eu iria me decepcionar, é óbvio que meu coração logo logo estaria em pedaços, só eu posso ser responsável pela minha felicidade, não posso dar aos outros a função de me amarem e curarem meus machucados. Não há possibilidade de ser amada se não me amo em primeira instância, não é possível ser feliz ao lado de alguém quando não consigo ser feliz apenas comigo mesma, é se jogar em um mar de expectativas sabendo onde tudo acabará: noites insones, cafés, lágrimas e uma porrada de cartas e textos escritos a "alguém que partiu nosso coração". 

Acredito que somos responsáveis por nossas dores, sei também que muitos agem de má fé conosco, mas precisamos mesmo (falo isso principalmente para mim) aprender a parar de colocar a culpa no outro quando nós somos os principais culpados pelos caminhos que escolhemos seguir. Dê uma chance a si mesmo, procure entender o por quê de tantas cicatrizes, se olhe no espelho e ame o que você vê, ou procure mudar aquilo que tanto te incomoda, seja inteiro para enfim mergulhar nos braços de outras pessoas, em amizades ou no sentido romântico. Um lembrete para o meu eu.


Para 2018, muito mais amor, dessa vez amor-próprio em primeiro lugar.

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